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Durante participação na Brazil Conference em Harvard, nos Estados Unidos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu com firmeza a atuação do colega Alexandre de Moraes nos inquéritos que investigam a intentona golpista de 8 de janeiro. Mendes afirmou que não há qualquer impedimento legal ou ético para que Moraes siga à frente dos processos, rebatendo, assim, os ataques bolsonaristas que tentam deslegitimar as investigações.
“Ele não é suspeito, não está impedido, não julga em causa própria. Alexandre já era o relator desde o início. Não há nenhuma razão para que seja afastado”, disse Gilmar, criticando comparações oportunistas feitas com o ex-juiz Sérgio Moro. O decano da Corte lembrou que Moro, diferente de Moraes, jamais foi imparcial: “Moro se associou a Bolsonaro antes mesmo das eleições e aceitou ser seu ministro da Justiça. Não há comparação possível.”
A fala contundente de Gilmar Mendes, que ironizou a trajetória política de Moro e o definiu como cúmplice do bolsonarismo, repercutiu no Brasil. Acuado, o ex-juiz da Lava Jato reagiu com ataques vazios, desviando o foco do debate jurídico para tentar se defender com insinuações contra o próprio ministro.
Gilmar também reafirmou que se orgulha de ter contribuído para o desmonte da Lava Jato, classificando a operação como uma “organização criminosa” travestida de cruzada moral. Segundo ele, a atuação da força-tarefa de Curitiba feriu a Constituição, violou direitos e perseguiu adversários políticos com fins eleitorais — uma crítica que se fortaleceu após as revelações do conluio entre Moro e procuradores.
Rechaçando as acusações de “ativismo judicial” que setores bolsonaristas tentam disseminar, Gilmar explicou que o STF apenas cumpre seu papel constitucional. “Se existe algum ativismo, eu chamaria de proativismo. E, em geral, tem sido feito para o bem da sociedade”, argumentou, citando a atuação firme da Corte durante a pandemia da covid-19 como exemplo de compromisso com o interesse público.
Por fim, o ministro ressaltou a importância da coesão institucional do STF nos últimos anos e defendeu que a Corte siga como um pilar da democracia brasileira diante das ameaças autoritárias que rondam o país.
Com informações do jornal O Estado de S.Paulo
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