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O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou neste sábado (12) que qualquer tentativa de negociação para anistiar os condenados pelos ataques terroristas de 8 de janeiro é inaceitável e uma afronta à democracia. A declaração é uma resposta à movimentação de parlamentares bolsonaristas, liderados por Hugo Motta (Republicanos-PB), que articulam nos bastidores um acordo com o Congresso, o STF e o governo para suavizar as penas dos criminosos.
Segundo Carvalho, o grupo que reúne juristas, professores e advogados progressistas não aceitará nenhum tipo de pactuação com golpistas. “Não podemos permitir que vulgarizem os episódios de 8 de janeiro e tentem transformar os atos violentos contra as instituições em uma espécie de passeio no parque”, criticou. A tentativa de acordo é liderada por aliados de Jair Bolsonaro, que responde por tentativa de golpe e conspiração contra o Estado Democrático de Direito.
Para o jurista, qualquer revisão das penas deve ser feita exclusivamente pelo STF. “Se houver exagero, que se corrija no âmbito do Judiciário. Fora disso, é vergonha e covardia”, afirmou. Ele também alertou que não há espaço para contemporizações com quem tentou destruir a democracia e que o governo Lula deve manter uma posição firme. “Se o governo estiver negociando isso, temos uma diferença insuperável”, declarou.
As articulações de bolsonaristas para salvar aliados e até o próprio Bolsonaro — acusado de tramar o assassinato do presidente Lula e outras autoridades na operação "Punhal Verde Amarelo" — têm encontrado resistência não apenas na sociedade civil, mas também dentro da base governista. O Prerrogativas cobra coerência e repudia qualquer tentativa de relativizar os crimes de 8 de janeiro.
Com informações da Folha de S. Paulo
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