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O ex-presidente Jair Bolsonaro se irritou com seu aliado, o pastor Silas Malafaia, por conta dos ataques feitos ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados. Durante o ato golpista na Avenida Paulista, no último domingo (6), Malafaia disse que Motta “envergonha o povo da Paraíba” por não apoiar de forma explícita a proposta de anistia aos criminosos presos após os atos terroristas de 8 de janeiro.
Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, Bolsonaro tentou aliviar os danos causados pelas declarações do pastor e elogiou a mobilização, mas destacou que Malafaia não conhece os trâmites do Congresso. “Eu, comparado ao Malafaia, sou bombeiro. Ele tenta resolver na base da pancada. Mas não teve a vivência que eu tive de 28 anos de parlamento”, disse o ex-capitão, que tenta convencer Motta a pautar a proposta que busca livrar golpistas da cadeia.
Hugo Motta, por sua vez, não escondeu sua insatisfação com os ataques. Ele vem sinalizando que não pretende priorizar o projeto de anistia, e afirmou que não vai transformar a Câmara em uma casa de “pauta única”, indicando que os problemas reais do país são mais urgentes. O deputado também deixou claro que não pretende agravar a tensão entre os poderes com a aprovação de uma medida tão polêmica.
Apesar de ter sido eleito presidente da Câmara com apoio do PL, partido de Bolsonaro, Motta tem mostrado independência e aproximação com o governo do presidente Lula, o que tem irritado a ala radical bolsonarista. A proposta de anistia, vista por muitos como tentativa de autoproteção de Jair Bolsonaro, encontra forte resistência dentro e fora do parlamento.
Bolsonaristas vêm pressionando deputados por meio de um requerimento de urgência para acelerar a tramitação da pauta. Inicialmente, o plano era divulgar fotos e nomes de parlamentares que se recusassem a assinar, mas Bolsonaro recuou da estratégia e pediu cautela para evitar desgaste político.
Isolado, inelegível e vendo suas investidas golpistas ruírem, Bolsonaro tenta manobrar nos bastidores, mas enfrenta resistência até de aliados. Já Hugo Motta, desgastado pelos ataques de Malafaia, passou a buscar articulação com o Executivo e o STF, enquanto os criminosos do 8 de janeiro seguem presos — onde devem permanecer.
Com informações do DCM
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