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O governo do presidente Lula avalia que Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, não conseguirá sustentar por muito tempo seu tarifaço contra o restante do mundo. A convicção em Brasília é de que, pressionado por interesses econômicos internos e pelo próprio mercado financeiro, Trump será forçado a recuar ainda mais em suas medidas protecionistas.
Ministros brasileiros interpretam como um primeiro recuo a decisão recente de Trump de suspender, por 90 dias, o aumento agressivo de tarifas e reduzir para 10% o imposto sobre produtos de quase todos os países. Há ainda a expectativa de que até mesmo a tarifa de 125% imposta à China seja revertida, diante da pressão crescente de bilionários e investidores influentes dos Estados Unidos.
Segundo uma fonte próxima ao presidente Lula, os conflitos entre os interesses internos norte-americanos tornam inviável manter a escalada tarifária. O governo brasileiro, por isso, optou por aguardar os desdobramentos antes de anunciar eventuais medidas de retaliação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é hora de cautela, e que o Brasil só se movimentará quando a situação se estabilizar.
Dentro dos próprios EUA, Trump vem enfrentando críticas abertas de grandes bilionários que antes o apoiavam. Bill Ackman classificou o tarifaço como uma “guerra nuclear” e sugeriu a suspensão das medidas, o que acabou sendo atendido pelo presidente. Elon Musk também atacou o conselheiro econômico de Trump, Peter Navarro, chamando-o de “mais burro que um saco de tijolos”.
A queda de popularidade de Trump após o tarifaço também é um indicativo de sua dificuldade em manter o apoio da população. Três institutos de pesquisa apontam que sua taxa de reprovação subiu para 50,1%, enquanto a aprovação está em 46,3%, segundo levantamento consolidado por Nate Silver.
Diante desse cenário, o Brasil mantém sua postura diplomática e aposta na inteligência geopolítica de Lula para posicionar o país como protagonista no comércio global, aproveitando as contradições da política isolacionista de Trump.
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Com informações do DCM
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