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O deputado bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) virou alvo de investigações após fazer declarações repulsivas e criminosas desejando a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. O discurso, recheado de ódio, ocorreu enquanto era discutido um projeto de lei para desarmar a segurança presidencial, e causou reação imediata de lideranças políticas e instituições democráticas.
Na sessão, Gilvan afirmou abertamente: “Eu quero mais é que o Lula morra”, e ainda zombou da saúde do presidente, dizendo “tomara que tenha um ataque cardíaco”. Em plenário, após a repercussão negativa, tentou se justificar, dizendo que "exagerou" e pediu desculpas, mas manteve o discurso golpista ao defender que Lula deveria estar preso. O estrago, no entanto, já estava feito.
A Advocacia-Geral da União solicitou abertura de inquérito à Polícia Federal e ao Ministério Público, apontando possível incitação ao crime e ameaça, o que pode ultrapassar os limites da imunidade parlamentar. A AGU lembra que o Supremo Tribunal Federal já consolidou entendimento de que a imunidade não protege manifestações criminosas.
Os deputados Kiko Celeguim (PT-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, protocolaram representação na Procuradoria-Geral da República exigindo apuração rigorosa e medidas cautelares. Paralelamente, Lindbergh também acionou o Conselho de Ética da Câmara com pedido de cassação do mandato do parlamentar, por considerar que ele praticou apologia à violência contra o chefe do Executivo.
A conduta de Gilvan da Federal evidencia o grau de radicalização de parte da extrema-direita bolsonarista, que segue apostando na política do ódio e nas ameaças para tentar intimidar adversários políticos. A resposta das instituições será determinante para preservar o estado democrático de direito.
Com informações da Fórum
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