9/4/2025 09:46

Panamá cede à pressão dos EUA e rompe acordos com China após ultimato

422 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Os Estados Unidos, sob o comando beligerante de Donald Trump, anunciaram uma nova escalada militar na América Latina, com foco em conter a crescente presença chinesa no entorno do Canal do Panamá. Em um evento oficial, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a China “não vai militarizar o canal”, evidenciando a retomada da postura imperialista de Washington na região.

Durante a inauguração de um cais financiado pelos EUA na Base Naval Vasco Núñez de Balboa, Hegseth deixou claro que a intenção do governo Trump é retomar o controle da hidrovia estratégica. Para isso, foram enviados navios da Marinha e da Guarda Costeira americana, além de aeronaves do Corpo de Fuzileiros, em uma clara tentativa de intimidação regional.

Os exercícios militares bilaterais com as Forças Armadas do Panamá ocorrem após Trump, no início do ano, declarar que não descarta o uso da força para garantir o “livre acesso militar e comercial” dos EUA ao canal. Segundo fontes, o próprio Trump ordenou que o Pentágono apresentasse “opções militares críveis” para manter o domínio norte-americano na região.

Hegseth ainda acusou empresas chinesas de espionagem, alegando que corporações de Pequim que atuam na zona do canal poderiam estar vigiando o território panamenho. No entanto, a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) afirma que a operação da via é feita exclusivamente por panamenhos, sem interferência externa.

Apesar disso, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, cedeu à pressão dos EUA após receber um ultimato formal do secretário de Estado, Marco Rubio, e decidiu romper os acordos com a China, firmados em 2017 no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota. A decisão representa um duro golpe para a soberania panamenha e para os esforços de integração com a Ásia.

O episódio revela a face mais agressiva da política externa dos EUA, que insiste em tratar a América Latina como seu quintal, agora tentando empurrar a região para o centro de uma nova disputa geopolítica. Especialistas alertam para os riscos de instabilidade em um continente que precisa de cooperação e desenvolvimento, não de ameaças militares e submissão a interesses estrangeiros.

Com informações do Brasil 247

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