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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira (8) que a proposta de anistiar os criminosos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 é inaceitável e representa uma ameaça direta à democracia brasileira. Em entrevista, o decano da Corte condenou a manobra orquestrada pelo bolsonarismo no Congresso para livrar seus aliados das duras consequências legais de seus atos.
“Não faz sentido algum discutir anistia neste ambiente. Seria a consagração da impunidade em um fato que foi e é extremamente grave”, declarou Gilmar, acrescentando que o país “esteve muito perto de um golpe de Estado”.
A declaração do ministro vem em meio a uma ofensiva coordenada por Jair Bolsonaro e sua base extremista, que reuniu governadores alinhados ao ex-presidente para pressionar o Congresso pela votação urgente da proposta. Mesmo inelegível e cada vez mais isolado, Bolsonaro ainda tenta blindar seus cúmplices por meio de chantagens institucionais.
Gilmar também defendeu a atuação do Supremo na punição dos golpistas, rechaçando as críticas sobre o suposto excesso nas sentenças. “Ali se queria uma GLO para depois, talvez, já tomar o poder. Veja que é algo bastante grave, não se trata de algo ingênuo”, afirmou.
O ministro citou o caso de Débora dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”, para exemplificar que o STF age com equilíbrio e dentro dos parâmetros legais. Ela foi condenada a 14 anos, mas teve a prisão domiciliar admitida por ter filho pequeno sob sua responsabilidade. “É possível que isso seja discutido certamente”, disse Gilmar.
Com informações do Brasil247
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