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No cenário trágico da política nacional, Jair Bolsonaro, ex-presidente e figura central de uma conspiração golpista amplamente documentada, voltou a ocupar a Avenida Paulista com mais uma encenação populista. Ainda que carregue nas costas crimes contra a democracia, negacionismo sanitário e submissão vergonhosa a interesses estrangeiros, Bolsonaro segue sendo tratado como presidenciável por uma parte da imprensa que insiste em ignorar os danos causados ao país.
Enquanto o sistema de Justiça avança sobre as evidências do golpe de 8 de janeiro, a mídia corporativa se nega a relegar Bolsonaro ao papel de traidor da Constituição, preferindo mantê-lo nos holofotes como ator legítimo da política. Essa validação pública, em qualquer democracia séria, seria inconcebível. No Brasil, no entanto, seus apelos por anistia e até por ajuda de potências estrangeiras ganham manchetes e entrevistas como se fossem declarações legítimas, e não o que realmente são: confissões de traição à pátria.
Um dos momentos mais humilhantes dessa história é a devoção de Bolsonaro ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. Mesmo após o governo dos EUA impor tarifas pesadas de até 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros, Bolsonaro segue louvando Trump como um líder civilizacional. Trata-se de mais um episódio da subserviência bolsonarista a interesses que prejudicam diretamente a indústria nacional e a soberania econômica do Brasil.
Diante de uma guerra comercial global e de um mundo em transformação, o Brasil deveria estar debatendo com urgência temas como reindustrialização, soberania tecnológica e integração com o Sul Global. Mas a mídia tradicional continua desperdiçando espaço com os delírios golpistas do bolsonarismo, promovendo até mesmo figuras folclóricas que orbitam essa extrema direita decadente.
Enquanto o presidente Lula trabalha para reconstruir o país, estabelecendo parcerias com países estratégicos da Ásia, fortalecendo o Mercosul e defendendo o multilateralismo, os veículos de comunicação seguem reféns de uma pauta tóxica, guiada por um ex-mandatário que já deveria ter sido excluído do debate político pelo bom senso, pela justiça e pela história.
A tragédia do Brasil, portanto, não se limita à figura de Jair Bolsonaro. Ela se estende à omissão criminosa da grande mídia, que, ao se recusar a reconhecer a gravidade de seus atos, torna-se cúmplice de sua permanência na arena pública e de um projeto de destruição nacional.
Leia o artigo de Leonardo Attuch aqui: aqui:
Com informações do Brasil 247
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