7/4/2025 09:55

Após ataques a Hugo Motta na Paulista, PL da anistia perde força e apoio no Congresso

479 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Após os ataques contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante o ato bolsonarista na avenida Paulista, parlamentares avaliam que o projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro está praticamente sepultado. A manifestação, organizada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), acabou isolando ainda mais esse grupo no Congresso.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, classificou as críticas como “um tiro no pé”. Segundo ele, ao tentar pressionar publicamente Hugo Motta com ofensas e intimidação, os bolsonaristas só conseguiram aumentar a resistência dentro da própria Casa. “Alguém acha que, depois desses ataques, Hugo Motta vai pautar esse projeto? Claro que não”, afirmou o petista.

Nos bastidores, a avaliação no governo é que Motta não se submeterá a provocações públicas. Ceder à pressão o colocaria em situação constrangedora, além de abrir conflito direto com o Supremo Tribunal Federal — algo que parlamentares acreditam que ele não está disposto a enfrentar neste momento.

Durante a manifestação, o pastor bolsonarista Silas Malafaia atacou Motta, dizendo que ele estava “envergonhando o povo da Paraíba” por não apoiar abertamente a anistia. Malafaia ainda conclamou os presentes a pressionar o Congresso, alegando que a proposta promoveria “pacificação nacional”. Ministros do STF, como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, também foram alvo de ofensas no carro de som.

Apesar da mobilização, o público ficou bem abaixo do esperado. Segundo o “Monitor do Debate Político” da USP, cerca de 44,9 mil pessoas participaram do ato, número semelhante ao apontado pelo Datafolha (55 mil). Os próprios bolsonaristas chegaram a anunciar, dias antes, que reuniriam um milhão de pessoas.

Pesquisa da Quaest divulgada no domingo revelou que 56% da população é contra a anistia aos golpistas. Já o Datafolha mostrou que 67% dos brasileiros acham que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura em 2026 e apoiar outro nome.

Com informações do DCM

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