6/4/2025 16:42

Sem provas, Bolsonaro acusa Moraes de coagir Mauro Cid e insiste em anistia

4015 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

Jair Bolsonaro, inelegível e cercado por denúncias de crimes contra a democracia, voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal neste domingo (6), em mais uma investida desesperada para defender os golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em sua chegada ao ato pró-anistia em Brasília, Bolsonaro acusou — sem apresentar qualquer prova — o ministro Alexandre de Moraes de "constranger" e "ameaçar" o tenente-coronel Mauro Cid durante sua delação premiada.

Segundo ele, as declarações de Cid teriam sido modificadas "pelo menos quatro vezes" sob suposta pressão do STF. Bolsonaro ainda insinuou que a última versão da delação teria sido fruto de uma ameaça direta a familiares do militar. A narrativa, no entanto, repete a estratégia típica do bolsonarismo: desqualificar instituições e vítimas para tentar se livrar das consequências de seus próprios atos.

O ex-presidente, réu por tentativa de golpe e outros crimes, ainda tentou minimizar o fracasso do projeto de anistia na Câmara, afirmando que continua “buscando assinaturas individualmente” e que o Congresso acabará aprovando a proposta. Ele disse confiar no Legislativo e nos governadores bolsonaristas para pressionar os partidos pela anistia, numa evidente tentativa de salvar a si mesmo e seus aliados da cadeia.

Entre os ataques ao STF e as promessas de perdão aos criminosos do 8 de janeiro, Bolsonaro ainda teve tempo para bajular Donald Trump, a quem chamou de "defensor da liberdade de expressão". A menção ao ex-presidente dos EUA é mais uma tentativa de se colar à extrema direita internacional, mesmo enquanto tenta desviar a atenção dos escândalos que o cercam.

Por fim, Bolsonaro revelou expectativas positivas sobre o voto do ministro Luiz Fux em um dos processos que envolvem os golpistas. Segundo ele, Fux poderá seguir os votos de Kassio Nunes e André Mendonça, ministros indicados por ele próprio ao STF e que vêm votando em sintonia com os interesses do bolsonarismo.

A nova ofensiva do ex-capitão reforça sua tentativa de deslegitimar investigações e decisões judiciais, mobilizando sua base mais radical e tentando criar pressão política sobre o Judiciário. O povo brasileiro, no entanto, já mostrou em diversas pesquisas que rejeita anistia para quem atentou contra a

Com informações do Brasil247

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