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Deputados da extrema-direita bolsonarista têm utilizado recursos públicos para bancar viagens recorrentes aos Estados Unidos, sob a justificativa de “denunciar autoritarismo” no Brasil. Segundo levantamento do Metrópoles, os gastos com essas incursões ultrapassaram R$ 205 mil entre 2024 e o início de 2025, pagos por meio da cota parlamentar ou em missões oficiais autorizadas pela Câmara.
O campeão de despesas é o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que reembolsou R$ 35,2 mil. Ele esteve em Washington e Miami para reuniões com parlamentares norte-americanos e para acompanhar o processo eleitoral dos EUA. Em suas palavras, o objetivo era “divulgar o autoritarismo do governo brasileiro”, numa narrativa que ecoa o discurso golpista de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Entre os demais nomes estão Bia Kicis (PL-DF), Mayra Pinheiro (PL-CE), Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). Os gastos incluem passagens, hospedagem e alimentação. As viagens, segundo os parlamentares, também serviram para contestar a atuação do Supremo Tribunal Federal no julgamento dos envolvidos nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
Mesmo com o rombo aos cofres públicos, parte dos deputados não respondeu à reportagem, enquanto outros defenderam as viagens como compatíveis com a função parlamentar. Bia Kicis alegou que tudo foi aprovado pela Presidência da Câmara. Já José Medeiros (PL-MT) afirmou que “as despesas seguem os padrões de transparência da Casa”.
Os gastos geram revolta especialmente por envolverem parlamentares que se dizem “defensores da moral e dos bons costumes”, mas que parecem não ter qualquer pudor em utilizar dinheiro do povo para agendas ideológicas no exterior.
Com informações do Metrópoles
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