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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, lidera neste sábado (5), em São Paulo, uma reunião com executivos dos maiores bancos do país e representantes do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), diante das incertezas envolvendo a proposta de aquisição parcial do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A operação, avaliada em cerca de US$ 2 bilhões, ainda depende de aprovação do BC.
Participam do encontro nomes de peso do setor financeiro, como Marcelo Noronha (Bradesco), Mario Leão (Santander), Milton Maluhy (Itaú), André Esteves (BTG Pactual) e Daniel Lima (FGC). A proposta do BRB prevê a compra de 58% do capital do Banco Master, mas exclui ativos como precatórios e participações em empresas, que estariam na mira do BTG Pactual.
A movimentação gerou reações cautelosas no mercado. As agências Fitch, S&P e Moody’s colocaram sob observação os ratings do BRB e do Banco Master, sinalizando preocupações quanto à viabilidade da operação e sua repercussão para o sistema financeiro. Embora o BC tenha até 360 dias para avaliar o negócio, a reunião extraordinária sugere que o governo Lula busca transparência, responsabilidade e controle neste processo.
Dados do balanço de 2024 mostram que o Banco Master possui patrimônio líquido de R$ 4,7 bilhões, mas enfrenta vencimentos expressivos de CDBs até junho, somando R$ 7,6 bilhões. O modelo de crescimento baseado em taxas muito acima da média do mercado levantou dúvidas sobre a sustentabilidade da instituição.
A postura do Banco Central, sob comando de Galípolo, mostra disposição para garantir a estabilidade do setor bancário e evitar riscos sistêmicos decorrentes de aquisições apressadas ou politicamente motivadas. A venda do Master segue gerando debates entre banqueiros, políticos e analistas do mercado.
Com informações do jornal O Globo
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