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Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados e figura central do bolsonarismo no Congresso, adquiriu uma luxuosa mansão no Lago Sul, área mais nobre de Brasília, por R$ 10 milhões. O imóvel foi comprado em 31 de janeiro, e parte do pagamento contou com um empréstimo do Banco de Brasília (BRB) no valor de R$ 7 milhões.
A entrada de R$ 3 milhões foi paga pelo deputado, enquanto as parcelas do financiamento devem ultrapassar R$ 100 mil mensais. O alto valor da aquisição chama atenção, visto que Lira recebe um salário líquido de R$ 35 mil. Em 2022, ele declarou possuir um patrimônio de R$ 5,9 milhões, incluindo fazendas e imóveis em Alagoas.
O crescimento expressivo de seu patrimônio é notável. Em 2018, antes de assumir a presidência da Câmara e articular o escandaloso orçamento secreto, Lira declarou apenas R$ 1,7 milhão em bens. Agora, a nova mansão sozinha já supera em quase o dobro esse valor.
A residência adquirida por Lira tem dois andares, piscina e sistemas de segurança de última geração. O imóvel pertencia ao empresário Leonardo Nogueira Valverde de Morais, que o comprou por R$ 3,6 milhões em 2011, evidenciando uma valorização expressiva.
O financiamento da compra junto ao BRB levanta questionamentos sobre as condições concedidas ao parlamentar, especialmente considerando sua influência política. O banco é controlado pelo governo do Distrito Federal, e transações desse porte envolvendo figuras políticas sempre despertam suspeitas.
A nova aquisição de Lira, um dos principais articuladores do bolsonarismo no Congresso, reforça o abismo entre o discurso populista da direita e a realidade de seus líderes, que não hesitam em acumular fortunas enquanto o povo enfrenta dificuldades.
Com informações do DCM
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