2/4/2025 16:28

Rede de tráfico humano é desmantelada na Argentina e Brasil entra na mira

482 visitas - Fonte: Plantão Brasil

Uma jovem russa grávida que buscou atendimento em um hospital na Argentina desencadeou uma investigação sobre tráfico humano, resultando na prisão de 15 suspeitos ligados a uma organização criminosa internacional. O caso, que envolve a seita Ashram Shambala, também tem conexões com o Brasil.

A investigação teve início no Hospital Zonal Doutor Ramón Carillo, em San Carlos de Bariloche, quando funcionários notaram o comportamento suspeito de duas mulheres que acompanhavam a jovem. As acompanhantes demonstraram nervosismo e hesitação ao responder perguntas básicas, o que levou a equipe a acionar a polícia após a saída apressada do grupo.

Pouco depois, outras duas mulheres russas apareceram no hospital perguntando sobre a jovem e um bebê recém-nascido, reforçando as suspeitas. O Ministério da Segurança Nacional argentino acionou a Polícia Federal (PFA) e a Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA), que identificaram indícios de uma rede internacional de tráfico humano.

A polícia monitorou suspeitos e encontrou um grupo de sete russos, incluindo um homem e seis mulheres, prestes a embarcar no Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria, em Bariloche. Todos apresentavam sinais de desnutrição. O homem já tinha condenação de 11 anos na Europa e tentou tirar a própria vida ao ser preso, cortando o pescoço com uma lâmina de barbear, mas conseguiu fugir posteriormente.

Outros seis suspeitos foram encontrados no Aeroporto Jorge Newbery, em Buenos Aires, incluindo três homens russos e três mulheres de diferentes nacionalidades: uma mexicana, uma brasileira e uma russa. Todos compraram passagens para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, levantando suspeitas de que a Argentina servia como ponto de passagem para levar vítimas a outros países.

As autoridades investigam se as mulheres eram vítimas de exploração sexual e buscam entender a atuação da seita Ashram Shambala, conhecida por impor submissão sexual e realizar orgias controladas pelos líderes. A Procuradoria-Geral de Bariloche tenta determinar o alcance da organização criminosa e suas ramificações internacionais.

Com informações do DCM

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