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O clã Bolsonaro segue envolvido em novas suspeitas de uso irregular de dinheiro público. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PL-SP) destinaram R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares a destinatários inusitados, incluindo uma empresa de segurança nos Estados Unidos e uma agência de turismo em Chapecó (SC). A justificativa oficial era fortalecer a “defesa nacional”, mas a falta de transparência e o sigilo dos repasses levantam questionamentos sobre a real finalidade dos recursos.
A denúncia, publicada pelo jornalista Augusto Tenório no portal Metrópoles, revela que as emendas foram registradas como “ações de caráter sigiloso”, ligadas à defesa nacional. No entanto, os 94 beneficiários incluem desde pessoas físicas e microempreendedores até empresas que não têm qualquer relação óbvia com segurança, como lojas de impressoras e operadoras de turismo.
Entre os casos mais suspeitos está a Berkana Defense & Security LLC, empresa sediada no estado de Delaware, nos EUA. Registrada no Brasil como “empresa domiciliada no exterior”, a Berkana recebeu R$ 288 mil por meio de emenda do deputado Orleans e Bragança. Sem enquadramento tributário no Brasil e operando em um endereço comercial genérico, a empresa não tem informações detalhadas sobre suas atividades, tornando o repasse ainda mais duvidoso.
Outro caso estranho envolve a agência de turismo R. Moraes, de Santa Catarina, que recebeu R$ 140 mil via emenda assinada por Flávio Bolsonaro. Não há qualquer explicação pública sobre como uma agência de turismo se encaixa na suposta defesa nacional.
As emendas foram apresentadas entre 2020 e 2023, sempre sob a justificativa de financiar ações sensíveis de inteligência. No entanto, normas orçamentárias exigem que os recursos tenham uma destinação clara, o que não aconteceu nesse caso. O gabinete do deputado Orleans e Bragança alegou que os valores foram destinados à Marinha para ações de inteligência, mas não explicou por que empresas privadas – e até estrangeiras – receberam os repasses.
Flávio Bolsonaro, como de costume, manteve silêncio diante das denúncias, sem esclarecer a razão para o envio de dinheiro público a empresas suspeitas sob a justificativa vaga de defesa nacional.
Com informações da Fórum
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