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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, arquivou a investigação contra Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis no caso da fraude nos certificados de vacinação da Covid-19. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou falta de provas que confirmassem a delação de Mauro Cid.
Apesar disso, a colaboração do ex-ajudante de ordens segue válida e tem sido usada em outros processos contra Bolsonaro, como no caso da tentativa de golpe de Estado, em que o ex-presidente já é réu. Segundo a PGR, não há dúvidas de que houve fraude nos registros de vacinação, mas a lei exige provas complementares para sustentar a acusação contra Bolsonaro.
As investigações da Polícia Federal apontaram que dados falsos foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde e depois apagados, beneficiando Bolsonaro e sua filha. Com base nisso, a PF chegou a indiciar o ex-presidente, o deputado Gutemberg e mais 14 pessoas por associação criminosa e inserção de dados falsos.
A PGR, no entanto, decidiu não levar adiante a denúncia, alegando falta de provas de que a ordem partiu diretamente de Bolsonaro. Em relação a Gutemberg, a Procuradoria afirmou que há indícios de que ele se vacinou e, além disso, chegou a fazer publicações incentivando a imunização contra a Covid-19.
Na delação premiada, Mauro Cid revelou que Bolsonaro pediu pessoalmente a falsificação do cartão de vacina para ele e sua filha, Laura. Em seu depoimento, o militar relatou que o ex-presidente foi direto ao solicitar a fraude: "Faz pra mim também". Ao ser questionado sobre Laura, Cid confirmou que Bolsonaro insistiu: "Faz pra mim e pra Laura".
A decisão da PGR de arquivar o caso da vacina foi interpretada como uma estratégia para concentrar esforços na denúncia de tentativa de golpe, onde as provas contra Bolsonaro são mais contundentes. O ex-presidente segue cercado por investigações e já enfrenta a Justiça como réu.
Com informações do G1
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