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O advogado Luiz Carlos Rocha, conhecido como Rochinha, participou do Fórum Onze e Meia desta quinta-feira (27) para comentar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado. O advogado destacou que as imputações contra Bolsonaro e o presidente Lula em 2018 são completamente diferentes, sendo a do ex-capitão uma acusação de natureza política, enquanto as de Lula foram baseadas em crimes comuns usados como ferramenta de perseguição judicial.
Rochinha explicou que, no caso de Lula, a acusação foi deslocada indevidamente para Curitiba e conduzida por um juiz parcial, Sergio Moro, cuja suspeição foi reconhecida posteriormente. Ele destacou que o lawfare foi um instrumento usado contra Lula para minar sua trajetória política, mas as acusações ruíram diante da falta de provas concretas e da incompetência da vara que conduzia o caso.
Sobre Bolsonaro, Rochinha afirmou que não há comparação possível entre os casos. O ex-presidente está sendo acusado de crime contra a democracia e será julgado por um tribunal com competência para tal. Ele alertou que a tentativa de comparar os processos é insustentável, pois enquanto Lula foi alvo de perseguição judicial, Bolsonaro está sendo responsabilizado por suas próprias ações golpistas.
A delação de Mauro Cid também foi analisada pelo advogado, que reconheceu a existência de problemas, mas ressaltou que, ao contrário do que ocorreu na Lava Jato, não houve coerção para que ele colaborasse. Segundo Rochinha, há provas suficientes contra Bolsonaro, independentemente da delação, e a acusação contra Alexandre de Moraes de suposta pressão sobre Cid não se sustenta, pois o ministro apenas cumpriu seu dever de esclarecer as consequências jurídicas da delação.
Outro ponto abordado foi a falta de mobilização popular em defesa de Bolsonaro, em contraste com a intensa vigília que se formou em apoio a Lula durante sua prisão. Rochinha avaliou que a tentativa da defesa bolsonarista de politizar o processo pode não ter o impacto desejado, já que a base do ex-presidente parece não ter a mesma energia para manifestações públicas.
Por fim, o advogado analisou os votos dos ministros do STF e considerou que foram bem fundamentados, destacando que o julgamento de um crime de tentativa de golpe de Estado carrega, inevitavelmente, um peso político significativo. Ele ressaltou que, com o avanço do processo e a produção de novas provas, a argumentação dos magistrados pode se tornar ainda mais robusta.
Assista à entrevista com Luiz Carlos Rocha:
Com informações da Fórum
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