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A carreira militar de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi oficialmente travada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu, junto ao ex-presidente e outros sete aliados, por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A decisão impede Cid de ser promovido, transferido ou movimentado dentro das Forças Armadas, colocando-o na condição de "sub judice".
Fontes do Exército afirmam que a decisão era esperada e que a tramitação administrativa para formalizar seu afastamento já deve ser iniciada. Mesmo tendo firmado delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, a avaliação interna é que as chances de evitar uma condenação são baixas, e ele pode ainda ser julgado pela Justiça Militar.
No acordo de colaboração, Cid tentou negociar perdão judicial ou pena máxima de dois anos, para evitar a Justiça Militar, que lida com sentenças mais severas. No entanto, essa estratégia pode não ser bem-sucedida. O alto comando das Forças Armadas já considera que ele não tem mais espaço na ativa, e seu afastamento foi selado ainda na gestão do general Tomás Paiva, atual comandante do Exército.
Paiva, que assumiu após a exoneração do general Júlio César de Arruda por Lula, congelou imediatamente a nomeação de Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações de Comandos, em Goiânia. Agora, com a decisão do STF, ele demonstra preocupação com o impacto negativo na imagem da instituição, especialmente por envolver generais de alta patente, como Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
Dentro do Exército, há o reconhecimento de que a denúncia apresentada pelo STF se baseia em provas robustas e que as defesas dos acusados não conseguiram negar a existência do plano golpista. A postura dos investigados tem sido de defender individualmente seus interesses, sem manter um "espírito de corpo", o que reforça a percepção de que cada um buscará sua própria sobrevivência política e jurídica.
Com informações do UOL
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