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O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta quarta-feira (26) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) descreveu de maneira detalhada e fundamentada os crimes atribuídos a Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados por tentativa de golpe de Estado. Durante seu voto na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes destacou que a acusação apresentou todos os elementos necessários para garantir amplo conhecimento dos crimes cometidos pelos denunciados.
O relator reforçou que a denúncia da PGR é “amplamente satisfatória” e expõe de forma coerente os fatos criminosos envolvendo Bolsonaro e outros sete acusados. Além disso, Moraes exibiu imagens dos atos de 8 de janeiro e de outras depredações ocorridas após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022, desmascarando a tentativa de minimizar os crimes praticados por seus apoiadores.
Ao comentar uma das cenas em que extremistas bolsonaristas aparecem na Praça dos Três Poderes, Moraes ironizou a narrativa de que os manifestantes eram “cidadãos pacíficos” e disse que “nenhuma Bíblia é vista” nas imagens, desmontando mais uma das mentiras propagadas por aliados do ex-presidente.
O ministro criticou a forma como os golpistas tentam se vitimizar, manipulando a opinião pública com discursos enganosos. Ele citou o caso da bolsonarista Débora Rodrigues dos Santos, que responde por ter pichado a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao STF. Segundo Moraes, figuras como ela são utilizadas para espalhar falsas narrativas sobre os atos criminosos.
As declarações do relator reforçam o entendimento da Suprema Corte de que houve uma tentativa de golpe bem estruturada, com apoio de milícias digitais e da extrema direita bolsonarista. A análise da denúncia segue em andamento, e o STF deve decidir em breve se os acusados se tornarão réus pelos crimes contra a democracia.
Com informações do DCM
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