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Durante o julgamento da tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Matheus Mayer Milanez, defensor do general Augusto Heleno, tentou desvincular seu cliente do plano golpista e atribuiu a responsabilidade diretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Milanez alegou que Heleno participou de uma live em 2021, mas sem fazer declarações, enquanto Bolsonaro liderava os ataques ao sistema eleitoral.
O advogado também criticou a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou anotações na agenda de Heleno como prova de sua participação no golpe. Para ele, as acusações são frágeis e fazem parte de um "terraplanismo argumentativo". Apesar da defesa, as investigações mostram que Heleno, como chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que teria sido usada para espalhar fake news sobre fraudes eleitorais.
A PGR sustenta que Heleno fazia parte do núcleo central do golpe e que a Abin, sob a liderança de Alexandre Ramagem, apoiava Bolsonaro nas transmissões que questionavam as urnas eletrônicas. Documentos apreendidos mostram estratégias para desacreditar o processo eleitoral e até mesmo um suposto plano para infiltrar agentes da Abin em campanhas políticas.
Além disso, registros de reuniões ministeriais indicam que Heleno incentivava ações golpistas. Em julho de 2022, ele teria afirmado que era necessário “virar a mesa antes das eleições”. Com provas cada vez mais contundentes, cresce a pressão para que os envolvidos no golpe sejam punidos exemplarmente.
Advogado de Augusto Heleno cita “necessidade de rejeição da denúncia” da PGR contra o general por “inépcia e falta de justa causa”. A defesa diz: “Se está querendo colocar Augusto Heleno na organização criminosa.”
— GloboNews (@GloboNews) March 25, 2025
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