25/3/2025 13:40

Gonet acusa Bolsonaro de ser líder de organização criminosa para se manter no poder

2143 visitas - Fonte: Plantão Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (25) o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro e sete aliados, acusados de arquitetar uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma exposição contundente, destacando que Bolsonaro e seus aliados formaram uma organização criminosa com o objetivo de subverter a democracia e permanecer no poder à força.

Segundo a PGR, o grupo liderado por Bolsonaro e seu ex-vice Braga Netto tentou abalar a independência dos Poderes e violar o Estado Democrático de Direito. Gonet enfatizou que os atos criminosos não ocorreram isoladamente, mas fizeram parte de um plano articulado para minar o sistema eleitoral e desacreditar as instituições, sobretudo após Lula recuperar seus direitos políticos.

O julgamento foi dividido em três sessões, com a primeira realizada na manhã desta terça-feira, a segunda à tarde e a terceira programada para quarta-feira (26). Os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin analisarão se a denúncia deve ser aceita, tornando Bolsonaro e os demais investigados réus em ações penais.

Os crimes imputados incluem tentativa de golpe de Estado, dano ao patrimônio público, deterioração de bens tombados e associação criminosa. Entre os denunciados estão figuras centrais do bolsonarismo, como os ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além de Mauro Cid e Alexandre Ramagem.

Especialistas consideram que a decisão do STF pode ser um marco no combate ao autoritarismo no Brasil. Se condenado por todos os crimes apontados, Bolsonaro poderá pegar até 30 anos de prisão, consolidando sua derrocada política após já ter sido declarado inelegível até 2030 pelo TSE. O ex-presidente, no entanto, insiste em alegar "perseguição" e tenta levar o caso ao plenário do STF.

O julgamento pode definir não apenas o destino de Bolsonaro, mas também o futuro da extrema-direita no Brasil, afetando diretamente as eleições e o cenário político nos próximos anos.

Com informações do Brasil 247

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