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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) e a Corregedoria da Polícia Civil realizaram, nesta terça-feira (4), uma operação contra o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção que pode estar ligado ao assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). O delegado, que ocupa um dos postos mais altos da Polícia Civil paulista, é acusado de ter recebido propina para favorecer a facção criminosa na corporação.
As investigações avançaram após a prisão de um policial militar que teria extorquido Gritzbach. Durante a análise do celular do PM, foram encontrados registros de transferências via Pix para familiares de Matheus Junior, levantando suspeitas sobre uma rede de proteção criminosa na polícia. O MPSP aponta que o delegado recebia pagamentos periódicos, o que indicaria um esquema de corrupção associado ao crime organizado.
Matheus Junior tem um histórico de atuação em unidades estratégicas da Polícia Civil, como o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc). Atualmente, ele comanda a seccional de São José dos Campos, no interior paulista, e recebe um salário bruto de aproximadamente R$ 30 mil.
A conexão entre o delegado e o crime organizado veio à tona durante a investigação da execução de Gritzbach, ocorrida em novembro de 2024 no terminal de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Dias antes de sua morte, o delator havia revelado a existência de uma rede de corrupção na Polícia Civil, apontando que delegados estavam recebendo dinheiro do PCC para garantir proteção a integrantes da facção.
Gritzbach mencionou especificamente os delegados Fabio Baena e Eduardo Monteiro como beneficiários do esquema, reforçando as suspeitas de que setores da segurança pública paulista possam estar envolvidos com organizações criminosas. A operação contra Matheus Junior pode ser um passo importante para desmontar essa rede de corrupção e esclarecer o caso do assassinato do delator.
Com informações do Metrópoles
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