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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta terça-feira (4) a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos da ONU e manter a suspensão do financiamento da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). A decisão, que reforça o alinhamento de Trump com Israel, ocorre às vésperas de um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Netanyahu tem sido um crítico ferrenho da UNRWA, acusando a agência de atuar contra os interesses israelenses e de ter funcionários ligados a grupos extremistas. A medida de Trump agrava ainda mais a crise humanitária enfrentada pelos palestinos, uma vez que a UNRWA já enfrenta uma grave escassez de recursos.
Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump já havia cortado o financiamento da agência, alegando que os palestinos deveriam retomar negociações de paz com Israel para receber qualquer apoio. Ele também retirou os EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, acusando o órgão de "preconceito crônico" contra Israel e de falta de reformas.
A decisão de Trump contraria a postura adotada pelo governo Biden, que havia reintegrado os Estados Unidos ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e restaurado parte do financiamento à UNRWA. A comunidade internacional teme que a medida aumente a instabilidade no Oriente Médio e prejudique a diplomacia global em temas humanitários.
Além dessas ações, Trump já ordenou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo Climático de Paris, repetindo medidas que tomou durante seu primeiro governo. O Conselho de Direitos Humanos da ONU deve analisar a situação dos direitos humanos nos EUA ainda este ano, mas a saída do país do órgão pode enfraquecer sua posição no debate internacional.
Com informações da Reuters
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