29/1/2025 08:41

Primeiro Copom sob Galípolo pode sinalizar fim da política de juros sufocante de Campos Neto

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira (29) o novo patamar da Selic, atualmente em 12,25% ao ano, em um momento crucial para a economia brasileira. A decisão, que será divulgada às 18h30, marca a primeira reunião sob a presidência de Gabriel Galípolo, aliado do governo Lula, que tem defendido uma política monetária mais alinhada com o crescimento econômico e a geração de empregos.

A chegada de Galípolo ao Banco Central representa o fim da gestão de Roberto Campos Neto, que impôs uma das políticas de juros mais rígidas do mundo, prejudicando o consumo, os investimentos e o desenvolvimento industrial. Sob seu comando, o Brasil manteve taxas elevadas de forma prolongada, mesmo com a inflação controlada, gerando forte reação de setores produtivos e do governo.

O Brasil encerrou 2024 com uma inflação de 4,83%, dentro da margem de tolerância, o que reforça o argumento de que a manutenção de juros altos está sendo usada como um entrave político contra o governo Lula. Para 2025, o mercado projeta uma Selic em até 15%, cenário que especialistas alertam ser prejudicial para o país, pois inibe o crédito, dificulta investimentos e trava o crescimento econômico.

A reunião do Copom ocorre em meio à preocupação com a inflação dos alimentos, impulsionada por fatores climáticos e especulação no agronegócio. Apesar desse desafio, a política de juros elevados não tem sido eficaz para conter o problema, mas penaliza a população e as pequenas empresas, que enfrentam dificuldades para acessar crédito.

A manutenção de uma taxa de juros elevada pode reduzir ainda mais o ritmo da economia brasileira, comprometendo os avanços conquistados pelo governo Lula na recuperação do poder de compra, geração de empregos e ampliação dos investimentos em infraestrutura.

A primeira reunião do Copom sob comando de Galípolo será um teste para a nova composição do Banco Central, que agora conta com maioria de diretores indicados por Lula. O desafio do novo presidente do BC será equilibrar o controle da inflação com a necessidade de estimular a economia, algo que a gestão anterior negligenciou em favor de interesses do mercado financeiro.

A expectativa é que, nos próximos meses, a redução dos juros se torne inevitável, diante da pressão crescente do governo e da sociedade por um ambiente econômico mais favorável ao desenvolvimento.

Com informações do Brasil247

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