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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou o tratamento degradante dado a brasileiros deportados pelos Estados Unidos e declarou que apoiaria as políticas de deportações em massa de Donald Trump. Em entrevista, Bolsonaro afirmou que, se estivesse no lugar de Trump, faria “a mesma coisa”, insinuando que muitos dos imigrantes não possuem “qualificação” para viver nos EUA.
“Lá é a casa dele. Aqui é a nossa. Quem não está de forma legal tem que se regularizar. Não são apenas brasileiros. Calcula-se que existam mais de 10 milhões de ilegais lá. Muitos foram para lá sem qualquer qualificação, incluindo gente que frequentava presídios em outros países. Ele está fazendo a coisa certa. No lugar dele, eu faria a mesma coisa”, disse Bolsonaro, sem mencionar as denúncias de abusos sofridos pelos deportados.
Bolsonaro chegou a comparar a situação dos imigrantes ilegais nos EUA com as ocupações realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Brasil, afirmando que quem busca melhores condições de vida deve “seguir as regras” e desconsiderando os relatos de violência e humilhação sofridos pelos brasileiros durante o voo de deportação.
As declarações do ex-presidente ocorreram antes da repercussão do voo que trouxe 88 brasileiros algemados e acorrentados ao Brasil, em condições descritas como desumanas. Os deportados relataram agressões físicas e verbais por parte dos agentes norte-americanos, incluindo ameaças de morte. O governo federal, em resposta, ordenou a retirada imediata das algemas e utilizou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para conduzir os cidadãos ao destino, no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.
Enquanto o governo Lula condena veementemente as práticas abusivas de Trump contra os brasileiros, Bolsonaro endossa as ações, ignorando as graves violações de direitos humanos e colocando-se mais uma vez em alinhamento com políticas autoritárias e desumanas.
Com informações da CNN
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