Bolsonaro ataca STF e afirma que prisão será "abuso de autoridade"

Portal Plantão Brasil
25/1/2025 17:20

Bolsonaro ataca STF e afirma que prisão será "abuso de autoridade"

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira (25), durante entrevista ao canal da Revista Oeste no YouTube. Inelegível até 2030, Bolsonaro acusou os tribunais de “negar a democracia” e comparou sua situação a regimes autoritários como os de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua. Ele também afirmou que sua prisão configuraria “abuso de autoridade”.

“Se eu não disputar as eleições por causa dessas acusações, é uma negação da democracia. É o que o Maduro fez na Venezuela, tornando inelegíveis as maiores oposições. Aqui é a mesma coisa. Se me colocarem na cadeia, é abuso de autoridade”, declarou Bolsonaro. Ele também reiterou que é vítima de “lawfare”, termo que descreve o uso de instrumentos legais com motivações políticas.

Bolsonaro voltou a negar as acusações de abuso de poder político, incluindo os episódios da reunião com embaixadores em 2022 e do desfile de 7 de setembro daquele ano, eventos que embasaram sua inelegibilidade. Ele também criticou o ministro Alexandre de Moraes, que determinou a retenção de seu passaporte, impedindo-o de participar da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. “Nas eleições, quem tem que escolher é o povo, e não um juiz do Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Enquanto Bolsonaro faz ataques às instituições, advogados que acompanham as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2023 projetam penas severas para os indiciados, incluindo o ex-presidente. Segundo fontes consultadas pelo O Globo, as penas podem chegar a 20 anos de prisão, baseando-se em condenações recentes, como a de Aécio Lúcio Costa Pereira, que recebeu 17 anos de prisão.

Bolsonaro é acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As penas previstas para os crimes podem ultrapassar 28 anos. Além de Bolsonaro, figuras como o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, estão entre os principais acusados por liderarem ações que buscavam manter o ex-presidente no poder.

Com informações do Brasil247

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