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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira (25) o pedido da defesa do general Walter Braga Netto para acessar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O general, preso desde 14 de dezembro na Vila Militar, no Rio de Janeiro, é acusado de tentar obstruir investigações sobre a tentativa de golpe de Estado de 2022.
A decisão gerou críticas do advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Braga Netto. "O nosso cliente é preso com base em uma colaboração viciada, e a defesa não tem acesso a ela? Como podemos nos insurgir contra ela?", questionou. Segundo a defesa, a delação de Mauro Cid fundamentou a prisão do general, mas o sigilo imposto ao conteúdo impede a contestação judicial.
Mauro Cid, em depoimento à Polícia Federal em fevereiro de 2024, afirmou que Braga Netto buscou informações sobre a colaboração premiada por meio de seu pai, o general Mauro Lourena Cid. Conforme os investigadores, Braga Netto tentou acessar detalhes da delação para dificultar o avanço das apurações que o envolvem diretamente na tentativa de manter Bolsonaro no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Polícia Federal indiciou Braga Netto, Bolsonaro e mais 38 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O caso agora está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, que decidirá se apresenta ou não as denúncias. Moraes reforçou que o sigilo das delações é essencial para garantir o andamento das investigações sem interferências.
Com informações do Brasil247
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