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A embaixadora nomeada por Donald Trump para a Organização das Nações Unidas, Elise Stefanik, gerou controvérsias ao se recusar a declarar apoio ao direito dos palestinos a um estado próprio. Durante sua sabatina no Senado estadunidense, Stefanik afirmou que Israel possui um “direito bíblico” sobre a Cisjordânia, endossando uma narrativa frequentemente utilizada por extremistas para justificar a ocupação.
O debate ocorre enquanto a Cisjordânia enfrenta uma grave escalada de violência. Uma ofensiva militar israelense resultou em dez mortes e no deslocamento de dois mil palestinos. Simultaneamente, Trump suspendeu as sanções contra colonos israelenses impostas por Joe Biden, fortalecendo os interesses da extrema-direita israelense.
Questionada por senadores sobre a autodeterminação palestina, Stefanik evitou respostas diretas. Ao ser pressionada, disse que “defende os direitos humanos para todos”, mas culpou grupos como Hamas e Hezbollah pela suposta destruição dos direitos dos palestinos. Essa postura foi criticada por diplomatas e organizações internacionais que defendem o direito palestino à autodeterminação, consagrado pelo direito internacional.
Representantes da ONU alertaram que o alinhamento dos Estados Unidos com a linha radical do governo de Benjamin Netanyahu compromete as possibilidades de negociações de paz. Sob a gestão de Trump, o consenso internacional sobre uma solução de dois estados, considerada a base para um acordo duradouro, enfrenta novos desafios.
Enquanto isso, governos que apoiam a causa palestina planejam uma cúpula em Nova York para junho, com o objetivo de traçar estratégias para o reconhecimento do Estado palestino. A postura de Stefanik reflete a política de Trump, que já em 2017, por meio de aliados como Mike Huckabee, negou a existência histórica da Cisjordânia e do povo palestino.
Para especialistas, o discurso de Stefanik e as ações de Trump representam um retrocesso, aprofundando divisões no Oriente Médio e prejudicando esforços de pacificação.
Com informações do DCM
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