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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) uma ordem executiva formalizando a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, anunciada no Salão Oval, marca um novo capítulo na relação conflituosa de Trump com a agência desde 2020. “Essa é uma das grandes”, declarou o presidente ao assinar o decreto.
A saída impede que instituições como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estadunidense acessem dados globais vitais compartilhados pela OMS, incluindo informações genéticas sobre novos patógenos, como ocorreu no início da pandemia de Covid-19. O rompimento ameaça o papel dos EUA como principal financiador da entidade, responsável por 16% do orçamento total no biênio 2022-2023.
Especialistas alertam para os impactos da decisão. Segundo Lawrence Gostin, professor de saúde global na Georgetown Law, a retirada cria um “vácuo catastrófico” na liderança global em saúde. Além disso, a ausência dos EUA pode desencadear um efeito dominó, reduzindo o apoio de outros países à OMS, especialmente em um cenário de crescente ceticismo em relação à cooperação internacional.
A OMS, que utiliza as contribuições estadunidenses para promover a saúde global e enfrentar emergências sanitárias, enfrenta agora a difícil tarefa de buscar novos financiadores para preencher a lacuna deixada pelos Estados Unidos.
A medida também é vista como uma vitória para partidos de direita que promovem um discurso contra o engajamento internacional. A consultora Laura Yasaitis, do Eurasia Group, alerta que o desengajamento dos EUA pode inspirar atitudes similares na Europa, ampliando restrições fiscais e priorizando gastos internos, como defesa.
A decisão gera dúvidas sobre o futuro da saúde global em um momento em que a cooperação internacional é mais necessária do que nunca.
Veja a opinião da consultora de saúde do Eurasia Group Laura Yasaitis em entrevista ao GZero.
Com informações do Brasil 247
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