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A concentração de riqueza no mundo atingiu níveis alarmantes em 2024, superando os recordes da pandemia, segundo relatório da Oxfam. Em um único ano, mais de 200 novos bilionários surgiram, e suas fortunas cresceram três vezes mais rápido que no ano anterior. Enquanto isso, o número de pessoas vivendo na pobreza praticamente não mudou desde 1990, conforme dados do Banco Mundial.
O relatório destaca que a riqueza dos bilionários é amplamente acumulada por meios questionáveis, como herança, monopólios e corrupção. Entre os exemplos citados estão Jeff Bezos, Elon Musk e Warren Buffett. A Oxfam alerta que, se as tendências continuarem, o mundo poderá ter cinco trilionários em uma década.
A organização também aponta que os super-ricos não apenas acumulam riqueza, mas também ampliam sua influência política. Elon Musk, por exemplo, foi acusado de gastar bilhões para apoiar a eleição de Donald Trump nos EUA e influenciar pleitos em outros países, como a Alemanha, em favor de figuras de extrema direita.
Impactos ambientais e desigualdade social
Outro ponto de preocupação é o impacto ambiental causado pelos investimentos dos bilionários. Os 125 mais ricos do planeta são responsáveis pela emissão de cerca de 3 milhões de toneladas de carbono anualmente, enquanto o 1% mais rico do mundo esgota, em apenas 10 dias, a cota de emissões de carbono para 2025 que seria justa para um ano inteiro.
A desigualdade na distribuição de riqueza também é alarmante. Apesar do aumento do Produto Interno Bruto (PIB) global, os 10% mais ricos concentram 45% de toda a riqueza. Essa dinâmica é sustentada por práticas tributárias regressivas e sistemas financeiros globais que favorecem as nações mais ricas.
Caminhos para a redução da desigualdade
A Oxfam destaca a importância de reverter as tendências negativas observadas em 161 países, onde quatro em cada cinco reduziram investimentos em educação, saúde e proteção social desde 2022. Além disso, nove em cada dez países regrediram em direitos trabalhistas, aprofundando a crise de desigualdade.
A organização conclui que o crescimento asiático, especialmente na China, foi um dos poucos fatores que mitigaram o aumento da pobreza global. No entanto, para combater efetivamente a concentração de riqueza, são necessárias ações coordenadas, como tributação progressiva, redução da dívida externa e promoção de direitos trabalhistas.
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Com informações da Fórum
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