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O ex-presidente boliviano Evo Morales foi declarado rebelde pela Justiça do país após não comparecer, pela segunda vez, a uma audiência referente à investigação de suposto tráfico de pessoas. A decisão foi proferida pelo juiz Nelson Alberto Rocabado, que também determinou o congelamento das contas bancárias do ex-mandatário.
Morales é acusado de ter mantido uma relação íntima com uma adolescente em 2015, durante seu mandato presidencial. Em sua defesa, ele alegou problemas de saúde para justificar a ausência na audiência, enquanto seu advogado, Jorge Pérez, afirmou que Morales não foi devidamente notificado para comparecer.
A ordem de prisão contra Morales foi emitida em dezembro de 2024. Desde então, ele tem se refugiado na região de Cochabamba, conhecida por ser um reduto de apoio dos produtores de coca. Promotores também pediram um alerta migratório para monitorar seus movimentos, ampliando a pressão sobre o ex-presidente.
O caso ocorre em um momento de grande tensão política na Bolívia. Nos últimos meses, a relação entre Morales e o atual presidente, Luis Arce, ambos integrantes do Movimento ao Socialismo (MAS), se deteriorou profundamente, levando à divisão do partido em duas facções rivais.
Morales denunciou estar sendo alvo de uma "brutal guerra jurídica" promovida pelo governo de Arce. O ex-presidente, que foi um dos líderes mais influentes da América Latina, enfrenta agora uma série de investigações que ameaçam não apenas sua liberdade, mas também seu legado político.
O desenrolar desse caso é acompanhado de perto por analistas políticos e pela comunidade internacional, dado o impacto que pode ter sobre a estabilidade política na Bolívia e na região.
Com informações do Brasil 247
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