13/1/2025 15:39

Lula promete rigor na investigação de massacre no MST

214 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que visitará o assentamento Olga Benário, em Tremembé (SP), onde um atentado na última sexta-feira (10) deixou dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mortos e seis feridos, um deles em estado grave. O presidente expressou solidariedade às vítimas e determinou que a Polícia Federal (PF) investigue o caso.

O ataque foi conduzido por um grupo de dez homens armados, que invadiram o assentamento com cinco carros e duas motocicletas, disparando contra as famílias reunidas no local. Entre as vítimas fatais estão Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28. Segundo relatos, o atentado foi uma retaliação às ações das famílias para recuperar áreas invadidas por milícias ligadas à especulação imobiliária.

Gilmar Mauro, da direção nacional do MST, destacou que a região sofre intensa pressão do capital imobiliário, em conluio com políticos locais e milícias, visando transformar lotes do assentamento em condomínios. “As famílias estavam lá para impedir essa invasão, mas foram recebidas com um arsenal armamentista muito grande”, disse Mauro, que confirmou a visita de Lula assim que ele puder viajar de avião.

Assista:

?? Gilmar Mauro, do MST, alerta: o capital imobiliário avança sobre assentamentos no Vale do Paraíba, visando transformar lotes em condomínios. Após invadirem reservas florestais, agora pressionam famílias assentadas. pic.twitter.com/C6criDST5h

— MST Oficial (@MST_Oficial) January 11, 2025

No sábado (11), a Polícia Civil de São Paulo prendeu o líder do grupo responsável pelo ataque. Identificado por testemunhas e confessando o crime, o homem de 41 anos forneceu informações sobre os demais envolvidos no massacre. Segundo o delegado Marcos Ricardo Parra, o acusado está cooperando com as investigações, mas a motivação exata do atentado ainda está sendo apurada.

O assentamento Olga Benário, que abriga 45 famílias desde sua regularização pelo Incra em 2005, tornou-se alvo de disputas devido à proximidade com áreas urbanas. Integrantes do MST denunciaram que o ataque reflete a crescente violência no campo, agravada por interesses econômicos que desconsideram os direitos das comunidades assentadas.

Com informações da Fórum

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