12/1/2025 17:22

Paulo Teixeira: "Criminosos queriam tomar terras legalizadas pelo MST"

363 visitas - Fonte: PlantãoBrasil

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou neste domingo (12) que o ataque ao assentamento Olga Benário, em Tremembé (SP), está diretamente ligado a interesses de especulação imobiliária. O atentado, ocorrido na última sexta-feira (10), resultou em três mortes e deixou seis feridos, gerando comoção e cobranças por justiça.

De acordo com Teixeira, os atiradores tinham como objetivo subtrair um lote destinado à reforma agrária. “Os assentados estavam defendendo o lote quando, horas depois, os criminosos chegaram atirando. O que esperamos é que a polícia identifique os autores e, principalmente, os mandantes desse crime,” afirmou o ministro durante coletiva no local.

O Partido dos Trabalhadores (PT) reforçou que o ataque foi uma ação coordenada por especuladores imobiliários interessados nas terras. O partido exigiu uma resposta contundente das autoridades estaduais e federais.

A Polícia Civil de São Paulo informou a prisão de um dos suspeitos, conhecido como Nero do Piseiro, identificado por testemunhas como o mentor intelectual do crime. Ele já possui histórico de porte ilegal de armas. A Polícia Federal, por determinação do presidente Lula, também instaurou inquérito para aprofundar as investigações.

Gilmar Mauro, dirigente do MST, destacou que a proximidade do assentamento com áreas urbanas torna o local alvo de especuladores. Ele denunciou o envolvimento de milícias armadas e políticos regionais no avanço criminoso sobre as terras. “Esses grupos querem transformar assentamentos em áreas de condomínios de luxo, ignorando a legalidade e a função social da terra,” afirmou.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, acompanhou o velório das vítimas e reiterou o compromisso do governo em oferecer proteção às famílias. “Estamos aqui a pedido do presidente Lula para garantir que esse crime seja esclarecido e que as famílias tenham segurança para viver e produzir,” afirmou.

O governo federal reafirmou que não se intimidará e continuará avançando com o programa de reforma agrária, garantindo segurança e dignidade aos assentados.

Com informações da Agência Brasil

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