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Nesta quinta-feira (9), a Advocacia-Geral da União (AGU) notificou o Facebook para remover, em até 24 horas, um vídeo manipulado que falsamente atribui ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarações inexistentes. O material, gerado por inteligência artificial, sugere que Haddad defendeu a criação de impostos sobre animais de estimação e pré-natal, o que foi desmentido.
Segundo a AGU, o vídeo apresenta sinais evidentes de manipulação, como cortes abruptos, discrepâncias no timbre de voz e alterações na movimentação labial. A instituição reforçou que o conteúdo desinforma a população e viola os Termos de Uso e os Padrões da Comunidade do Facebook, que proíbem práticas ilegais e conteúdos que comprometem processos políticos.
A notificação sugere que, caso o vídeo não seja removido, ele ao menos seja identificado como manipulado e gerado por inteligência artificial. “A postagem contém informações fraudulentas e atribui ao ministro declarações inexistentes”, destacou o documento enviado à Meta, empresa responsável pela rede social.
O tema também está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá retomar este ano o julgamento da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, determinando as responsabilidades das plataformas em casos de desinformação.
Mais cedo, Fernando Haddad desmentiu o vídeo publicamente, reforçando que o material é falso e que faz parte de uma campanha de desinformação para atacar o governo.
?? Atenção!??
— Ministério da Fazenda (@MinFazenda) January 9, 2025
Nos últimos dias, temos visto circular muitas mentiras sobre impostos que não existem!???
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um alerta importante: não há criação de imposto sobre o uso do Pix, sobre a compra de dólares ou sobre animais de estimação!???? pic.twitter.com/JmkMnsJGHN