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Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), foi nomeado para o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação na prefeitura de São José, em Santa Catarina. A escolha gerou indignação, dado o histórico de Vasques, acusado de liderar ações ilegais que dificultaram o transporte de eleitores no segundo turno das eleições de 2022, beneficiando Bolsonaro.
Sob a gestão do prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), Vasques receberá um salário de R$ 10.143,03 para comandar uma secretaria responsável por fomentar parcerias econômicas e incentivar o desenvolvimento sustentável. Críticos apontam a incoerência de colocar em uma posição de confiança alguém envolvido em episódios antidemocráticos e que já esteve preso.
A nomeação ocorre após um ano de prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, de onde Vasques saiu por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele é acusado de liderar bloqueios rodoviários realizados pela PRF durante o segundo turno das eleições, especialmente no Nordeste, região onde Lula (PT) obteve ampla vantagem. A Polícia Federal apontou que as ações configuraram violência política, obstrução ao direito de voto e prevaricação.
A decisão de integrá-lo à gestão pública é vista como uma afronta à democracia, especialmente em um momento em que o país busca superar o legado antidemocrático do bolsonarismo. “Enquanto o Brasil luta para reconstruir a confiança nas instituições, premiar figuras como Silvinei Vasques é um retrocesso inaceitável”, declarou um parlamentar da oposição.
Vasques é lembrado por transformar a PRF em um instrumento de interesses políticos durante o governo Bolsonaro, o que comprometeu a imagem da instituição. Sua nomeação reforça os desafios de lidar com as heranças deixadas por uma gestão marcada pelo desrespeito às normas democráticas.
Com informações do Metrópoles
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