7/1/2025 09:21

PF investiga espionagem e coação orquestradas por Heleno

496 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro, começou 2025 sob intensa pressão. A prisão do general Walter Braga Netto em dezembro de 2024 acentuou as suspeitas contra Heleno, um dos 27 militares investigados pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

Documentos apreendidos pela PF indicam que Heleno teria participado de planos para descredibilizar o sistema eleitoral e monitorar opositores políticos. As anotações detalham estratégias de coação contra autoridades judiciais e policiais, além de supostos usos da Abin, subordinada ao GSI, para espionagem de adversários. Especialistas destacam que Heleno integraria um núcleo de inteligência paralela que auxiliava Bolsonaro em ações ilegais, incluindo monitoramento de ministros do STF.

O envolvimento de Heleno no GSI, órgão estratégico da Presidência, agrava as acusações, que incluem também cooperação em um plano para desestabilizar as instituições democráticas. Durante depoimento à CPI no Congresso em 2024, Heleno negou participação na tentativa de golpe, mas foi indiciado no relatório final, que o aponta como liderança militar no esquema golpista.

A prisão de Braga Netto, vista como um marco, aumentou as chances de punição a outros militares de alta patente, incluindo Heleno. Analistas afirmam que sua situação jurídica se torna cada vez mais insustentável. Desde o agravamento das investigações, a defesa do general tem evitado declarações públicas.

Com informações do DCM

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