6/1/2025 21:15

PF promete rigor contra militares e aliados de Bolsonaro em relatório sobre tentativa de golpe

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A Polícia Federal (PF) está finalizando um relatório complementar referente à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. O diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, destacou que o novo documento trará mais subsídios para a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação anterior, concluída em novembro, já havia indiciado Jair Bolsonaro e outras figuras do governo anterior por crimes graves, como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

"O relatório final será complementado com informações oriundas da Operação Contragolpe e outras apurações em andamento. Depoimentos ainda estão sendo tomados e evidências estão sendo analisadas para fortalecer a investigação", explicou Rodrigues.

Rodrigues reafirmou que não haverá condescendência com os envolvidos, incluindo militares e policiais. "Todos que cometeram irregularidades serão responsabilizados. É fundamental separar as instituições daqueles que traíram suas funções. Já prendemos um policial federal e agiremos com o mesmo rigor contra qualquer outra pessoa envolvida, independentemente de sua posição", garantiu.

Entre os principais acusados no inquérito estão Bolsonaro, ex-ministros como Anderson Torres e Augusto Heleno, além do deputado Alexandre Ramagem e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. O relatório anterior revelou a existência de uma organização criminosa visando impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o envio do relatório final à PGR, que decidirá os próximos passos legais. Segundo Rodrigues, o compromisso da PF é garantir que todos os responsáveis sejam julgados e que a democracia seja preservada.

A investigação também destacou o papel de empresários do agronegócio e aliados políticos no financiamento das ações golpistas. A PF segue rastreando os recursos utilizados para apoiar as movimentações antidemocráticas, que culminaram nos atos violentos de 8 de janeiro de 2023.

Com informações do jornal O Globo

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