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Um parlamentar israelense próximo ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu atacou e ameaçou o Brasil neste domingo (5). Dan Illouz reagiu indignado à decisão da Justiça Federal brasileira de investigar um soldado israelense, acusado de crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza. O militar, que estava no Brasil de férias, deixou o país às pressas após a abertura da investigação.
Em uma publicação no X, Illouz afirmou que “o Brasil tornou-se um Estado subordinado a terroristas” e ameaçou: “Israel não ficará de braços cruzados diante da perseguição a seus soldados, e, se o Brasil não corrigir seu caminho, pagará um preço.” O parlamentar também criticou Yair Lapid, líder da oposição israelense, por responsabilizar o governo de Israel por permitir que o soldado saísse do país sem autorização.
O caso envolve o soldado Yuval Vagdani, acusado pela Hind Rajab Foundation de participar da destruição de um prédio residencial em Gaza, em novembro de 2023, que servia de abrigo para civis deslocados. A fundação, que monitora ações de militares israelenses, apresentou mais de 500 páginas de evidências, incluindo registros divulgados nas redes sociais.
Desde o início dos bombardeios israelenses em Gaza, em outubro de 2023, mais de 11 mil palestinos foram mortos, incluindo 4.500 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O Brasil, signatário de tratados internacionais como a Convenção de Genebra, tem a obrigação de investigar crimes de guerra, mesmo que ocorram fora de seu território.
A reação do governo israelense incluiu uma nota de apoio ao soldado e sua família, alertando cidadãos israelenses para os riscos de exposição nas redes sociais sobre seu serviço militar. O pai do soldado relatou à emissora Channel 12 que um aviso diplomático levou o militar e seus amigos a fugirem imediatamente do Brasil.
Com informações do DCM
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