2/1/2025 08:53

Policial preso com R$ 800 mil tinha ligação com PCC movimentou R$ 34 milhões

806 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O investigador da Polícia Civil de São Paulo, Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, foi denunciado por corrupção e associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo empresário Vinícius Gritzbach. A denúncia levou à deflagração da Operação Tacitus pela Polícia Federal, que revelou um esquema de enriquecimento ilícito envolvendo policiais e membros da facção criminosa.

Durante buscas no apartamento de luxo de Bombom, avaliado em R$ 3 milhões, no Tatuapé, foram encontrados mais de R$ 800 mil em espécie escondidos em um cofre e sob um colchão. Além disso, o local abrigava US$ 14.500 e 15.700 euros, totalizando R$ 800 mil. Bombom, cujo salário era de R$ 12.189, movimentou cerca de R$ 34 milhões em cinco anos, segundo a PF.

No imóvel, a Polícia Federal também apreendeu armas, munições, uma porção de maconha e documentos que indicam envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção. Bombom, inicialmente preso temporariamente, teve a prisão convertida para preventiva devido à incompatibilidade entre seus rendimentos e os valores encontrados.

Outros policiais civis, incluindo o delegado Fábio Baena Martin e os investigadores Marcelo Ruggieri, Eduardo Monteiro e Rogério Almeida Felício, também foram presos. Todos estão detidos no Presídio Especial da Polícia Civil, acusados de corrupção e associação criminosa.

A operação também prendeu Ahmed Hassan Saleh, advogado conhecido como Mudi, Robinson Moura, empresário apelidado de Molly, e Ademir Pereira de Carvalho, todos suspeitos de ligação com o PCC. Esses permanecem detidos no CDP 1 do Belém, na zona leste de São Paulo.

Vinícius Gritzbach, delator do esquema, foi assassinado a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos oito dias após denunciar os policiais. A Polícia Militar está sob investigação por possíveis conexões de membros da Rota com o PCC, e a Corregedoria abriu inquérito para apurar denúncias de repasse de informações sigilosas à facção.

Com informações do DCM

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