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A desaceleração da inflação, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (27), desmonta o alarmismo promovido por setores do mercado financeiro. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apontou uma variação de 0,34% em dezembro, queda significativa em relação aos 0,62% de novembro. Com isso, a inflação acumulada em 2024 deve fechar em 4,71%, apenas 0,21% acima do teto da meta, afastando as previsões catastróficas de descontrole.
O cenário contrasta com as ações do Banco Central, que justificou a elevação da taxa Selic para 12,25% com base em projeções de alta inflacionária feitas por agentes financeiros na pesquisa Focus. A ata do Copom sinalizou possíveis novos aumentos nos juros no início de 2025, decisão criticada por economistas que enxergam um descompasso entre os dados reais e as medidas adotadas.
Entre os fatores que contribuíram para a desaceleração está o setor de habitação, com deflação de 1,32%. A redução no preço da energia elétrica residencial, que caiu 5,72% devido ao retorno da bandeira tarifária verde, teve papel central nesse resultado. Por outro lado, o setor de alimentação registrou alta de 1,47%, impulsionado pelo consumo sazonal de fim de ano.
Enquanto o mercado reagia ao suposto "desancoramento" da inflação com especulações que levaram o dólar acima de R$ 6, os dados mostram um cenário mais estável do que o retratado. O impacto especulativo, considerado político por muitos analistas, gerou instabilidade sem fundamento econômico.
A desaceleração dos preços reflete um cenário que não apenas desmente o pessimismo do mercado, mas também abre caminho para discussões sobre o papel do Banco Central e sua autonomia no atual contexto político e econômico.
Com informações da Fórum
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