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Um relatório da Subsecretaria de Inteligência do Distrito Federal, produzido em 6 de janeiro de 2023, alertava para os atos golpistas que destruíram as sedes dos Três Poderes dois dias depois. O documento, que previa a violência planejada por apoiadores de Jair Bolsonaro, foi ignorado pelas autoridades do governo Ibaneis Rocha (MDB).
Conforme a Polícia Federal (PF), o relatório detalhava convocações em redes sociais para a "tomada de poder pelo povo" e mencionava a chegada de grupos organizados, incluindo CACs, prontos para atos violentos. Entretanto, a Subsecretaria de Inteligência não compartilhou o conteúdo com órgãos federais como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
O então secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, reconheceu ter recebido o documento antes de viajar para os Estados Unidos, mas afirmou à CPI local que não o leu. Durante sua ausência, as ações preventivas foram descritas como insuficientes e descoordenadas, agravando a vulnerabilidade das instituições.
Além disso, falhas operacionais marcaram a resposta às manifestações. A mobilização policial foi insuficiente, barreiras físicas inadequadas facilitaram a invasão, e medidas de contenção demoraram horas para serem implementadas. Ações de desmobilização de acampamentos golpistas planejadas em 2022 foram suspensas por orientação do Exército Brasileiro.
O relatório da PF responsabiliza as lideranças da Secretaria de Segurança Pública do DF pela condução inadequada das operações, apontando omissões deliberadas e ineficiência na articulação com outros órgãos. As recomendações incluem a revisão de protocolos de inteligência e a responsabilização dos agentes envolvidos.
Com informações da Fórum
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