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Elon Musk, bilionário e CEO de diversas empresas, gerou polêmica ao publicar um artigo no jornal alemão Welt am Sonntag, defendendo o partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD). A posição pública de Musk causou repercussões imediatas, incluindo a demissão de Eva Marie Kogel, editora de Opinião do jornal, em protesto contra a publicação.
No artigo, Musk reafirma declarações feitas anteriormente na plataforma X (antigo Twitter), onde alegou que “apenas o AfD pode salvar a Alemanha”. Ele tentou desqualificar acusações de extremismo contra o partido, citando a liderança de Alice Weidel, uma mulher abertamente lésbica e casada com uma pessoa de origem do Sri Lanka. Contudo, o AfD é classificado como suspeito de extremismo pela inteligência doméstica alemã desde 2021.
A publicação gerou intensas críticas e discussões. Os editores do jornal, Jan Philipp Burgard e Ulf Poschardt, argumentaram que a liberdade de expressão é essencial no jornalismo, mas classificaram a proposta de Musk como equivocada. “Seu diagnóstico está correto, mas a solução de que somente o AfD pode salvar a Alemanha é perigosamente errada”, afirmou Burgard.
O apoio de Musk ao AfD ocorre em um momento crítico para a política alemã, com eleições marcadas para fevereiro de 2025, após o colapso do governo de coalizão liderado pelo chanceler Olaf Scholz. O partido, que tem ganhado força nas pesquisas, defende posições como a saída da União Europeia e aproximações com regimes como o da Rússia, causando preocupação entre os principais partidos centristas, que se recusam a colaborar com o AfD.
A atitude de Musk, que justificou sua posição citando investimentos significativos na Alemanha, provocou debates não apenas sobre extremismo político, mas também sobre a responsabilidade de figuras públicas globais em contextos nacionais delicados.
Com informações da Reuters
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