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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), enfrentou críticas nesta sexta-feira (27) durante uma visita à Unidade Básica de Saúde Max Perlman, na zona sul da cidade. Um usuário do transporte público abordou o prefeito para questionar o aumento de 13,6% na tarifa dos ônibus municipais, que passará de R$4,40 para R$5 a partir de 6 de janeiro de 2025. O reajuste, anunciado após quatro anos sem alterações, gerou insatisfação entre movimentos sociais e usuários, que acusam o prefeito de priorizar os interesses das empresas de transporte.
Nunes justificou o aumento como uma "correção inflacionária", apontando que a inflação acumulada desde o último reajuste ultrapassou 32%. Segundo ele, o valor da tarifa deveria ser de R$5,82 se acompanhasse integralmente a inflação. "Não é um aumento, é uma necessidade para equilibrar as contas, sem retirar recursos de outras áreas, como saúde e educação", declarou. No entanto, críticos questionam a eficiência do sistema de transporte e os repasses bilionários às empresas de ônibus, que somaram R$6,7 bilhões em 2024.
O prefeito também culpou fatores macroeconômicos, como o preço do diesel e a alta do dólar, pela elevação dos custos do transporte. Ainda assim, movimentos sociais e lideranças comunitárias apontam que a administração municipal tem se mostrado complacente com as concessionárias de transporte, enquanto ignora o impacto financeiro para a população mais vulnerável.
A defesa de que a tarifa paulistana "permanece entre as mais baixas da região metropolitana" não convenceu os críticos. Eles destacam que, apesar da justificativa, o aumento prejudica trabalhadores que dependem diariamente do transporte público, especialmente em um contexto econômico desafiador.
Enquanto isso, a integração com os sistemas estaduais, como metrô e trens, terá um aumento diferente, com as tarifas passando de R$5 para R$5,20. O reajuste, que entra em vigor simultaneamente, também levanta preocupações sobre o impacto cumulativo nos gastos mensais dos usuários.
Os repasses às empresas de transporte, que cobriram 58,7% dos custos do sistema em 2024, contrastam com a justificativa do prefeito de "responsabilidade fiscal". Para críticos, a gestão de Ricardo Nunes parece priorizar interesses privados em detrimento de soluções que realmente atendam às necessidades da população.
Com informações do Brasil247
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