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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nos próximos dias o decreto que corrigirá o salário mínimo para 2025. O novo valor será de R$ 1.518, representando um aumento de 7,5%, acima da inflação acumulada em 12 meses até novembro, que foi de 4,84%. A medida, válida a partir de janeiro, reflete a aplicação de uma nova fórmula de cálculo aprovada no pacote fiscal do governo.
A regra limita o crescimento do salário mínimo a um teto de 2,5% do PIB, o que resultou em um valor R$ 10 menor do que o projetado pela regra anterior. Ainda assim, o reajuste impactará diretamente 59,3 milhões de brasileiros, entre trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O governo estima que cada R$ 1 de aumento no mínimo gera uma despesa adicional de R$ 392 milhões anuais. Assim, a nova regra evitará gastos de R$ 4 bilhões em 2025 e até R$ 110 bilhões até 2030. Contudo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) alerta para possíveis impactos negativos no consumo interno e no crescimento econômico, já que o salário mínimo é um dos principais motores da economia brasileira.
Durante o governo de Jair Bolsonaro, de 2020 a 2022, o mínimo foi corrigido apenas pela inflação, sem aumentos reais. Em 2023, o governo Lula retomou a política de valorização, mas a nova fórmula impõe limites mais restritivos ao crescimento do piso salarial nos próximos anos, visando equilibrar as contas públicas.
O Dieese destaca que a contenção no reajuste pode afetar o poder de compra da população e comprometer a economia doméstica. O debate sobre os efeitos dessa política segue em pauta, equilibrando a necessidade de controle fiscal com a melhoria das condições de vida da população.
Com informações do DCM
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