26/12/2024 14:22

Paulo Pimenta critica violência policial e responsabiliza herança do bolsonarismo

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O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, repudiou os recentes casos de violência policial registrados no feriado de Natal. Ele destacou os episódios em que uma jovem foi baleada pela Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro e um jovem levou um tiro à queima-roupa por filmar uma ação da Polícia Militar em Osasco, São Paulo. Para Pimenta, esses abusos refletem uma herança da ditadura militar e a impunidade fomentada pelo governo de Jair Bolsonaro.

Pimenta criticou a complacência do governo paulista em relação às ações brutais da Polícia Militar e destacou a reincidência desses casos no estado. “É inaceitável que, em pleno 2024, a polícia continue sendo uma fonte de temor para a população, especialmente nas periferias. Essa cultura de violência foi reacesa pelo bolsonarismo, que promoveu uma política de estímulo ao uso excessivo da força e facilitou o armamento de grupos criminosos sob falsas justificativas.”

O ministro defendeu as medidas do governo Lula para regulamentar o uso da força policial, como o decreto assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que busca estabelecer padrões básicos de conduta para as forças de segurança. “O decreto é essencial para combater a discriminação racial e econômica nas abordagens policiais. É absurdo que princípios básicos de dignidade humana precisem ser reafirmados, mas infelizmente a realidade exige isso.”

Pimenta ressaltou que grande parte da população teme mais a polícia do que os criminosos, um reflexo de décadas de abusos impunes. “Esse medo é o resultado de uma cultura de repressão perpetuada por governos autoritários e exacerbada pelo populismo de extrema-direita de Bolsonaro, que normalizou o abuso de poder e promoveu uma falsa ideia de segurança por meio da violência.”

O ministro também destacou a necessidade de um debate público mais amplo sobre a violência policial e a desigualdade no tratamento de diferentes classes sociais. “A juventude pobre das periferias é tratada como inimiga, enquanto os poderosos continuam intocáveis. O Brasil precisa refletir sobre a gravidade desse problema, e o governo federal está certo em propor mudanças estruturais.”

Para Pimenta, enfrentar a violência policial exige coragem política e compromisso com os direitos humanos. Ele reiterou que o governo Lula está determinado a transformar a segurança pública no Brasil, combatendo privilégios e estabelecendo padrões éticos para as forças de segurança.



Com informações do Brasil247

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