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Uma força-tarefa liderada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em conjunto com a Polícia Federal e outras organizações, resgatou 163 trabalhadores submetidos a condições degradantes durante a construção de uma fábrica da montadora BYD, em Camaçari, na Bahia. As investigações revelaram condições de trabalho alarmantes, e parte das atividades foi imediatamente interditada.
Os operários, muitos deles sem opções de trabalho dignas, enfrentavam situações críticas. Dormiam em camas sem colchões, não tinham armários para guardar seus pertences, que se misturavam a alimentos, e eram obrigados a compartilhar apenas um banheiro para 31 pessoas. A precariedade forçava os trabalhadores a acordar às 4h para enfrentar filas e iniciar a jornada às 5h30.
A empresa Jinjiang Group, contratada para executar a obra, foi convocada para apresentar um plano de ação em reunião agendada com o Ministério do Trabalho e o MPT nesta quinta-feira (26). Até que todas as irregularidades sejam corrigidas, as instalações permanecerão interditadas.
A BYD, ao tomar conhecimento do caso, rompeu imediatamente o contrato com a empreiteira e afirmou que os trabalhadores seriam transferidos para hotéis na região, garantindo o cumprimento de todos os seus direitos. Em nota, a empresa reafirmou seu compromisso com a legislação brasileira e a proteção dos trabalhadores.
O vice-presidente sênior da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, destacou a decisão de cancelar os vistos das pessoas envolvidas no esquema de exploração, solicitando a medida diretamente ao ministro da Casa Civil, Rui Costa. A montadora também vinha revisando as condições de trabalho de todas as suas terceirizadas e promovendo ajustes necessários para evitar abusos.
Este caso emblemático evidencia a urgência de um sistema mais rigoroso de fiscalização e punição para aqueles que exploram a mão de obra vulnerável, ferindo a dignidade humana e os direitos básicos dos trabalhadores.
Com informações do DCM
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