19/12/2024 16:15

Vereador bolsonarista é preso por compra de votos e ligação com tráfico de drogas

347 visitas - Fonte: Plantão Brasil

O vereador bolsonarista Genilson Costa (Republicanos), presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, em Roraima, foi preso na última quarta-feira (18) pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Martellus. Genilson é acusado de liderar um esquema de compra de votos financiado pelo tráfico de drogas, que teria movimentado cerca de R$ 1 milhão para sua reeleição nas eleições municipais de 2024.

As investigações apontam que o parlamentar utilizava grupos de WhatsApp, como o denominado “Os Top 100”, para gerenciar o esquema. Eleitores recebiam entre R$ 100 e R$ 150 em troca de votos, enquanto despesas como cervejas para reuniões políticas, pagamentos a pastores evangélicos e aquisição de quimonos para projetos sociais eram listadas e organizadas por sua equipe. A chefe de gabinete, Michelle Parnaíba, teria criado planilhas detalhadas para coordenar os pagamentos, com apoio de seu marido, Ricardo Loureto, responsável pela prestação de contas da campanha.

Entre os alvos da operação também está o coronel Francisco das Chagas Lisboa, subcomandante-geral da Polícia Militar de Roraima, acusado de vazar informações sobre investigações em andamento para Genilson. A esposa do vereador, Natalie Guimarães, policial civil, também teve um mandado de prisão expedido, mas segue foragida. A irmã de Genilson foi presa por suspeita de envolvimento na organização financeira do esquema.

O caso ganha ainda mais gravidade com as suspeitas de que o tráfico de drogas seria a principal fonte de recursos para as operações ilícitas. Em outubro, integrantes da campanha de Genilson foram presos em flagrante distribuindo dinheiro em troca de votos. Na ocasião, o vereador também foi detido, mas liberado posteriormente após obter habeas corpus.

Reeleito com 3.744 votos e iniciando seu terceiro mandato consecutivo, Genilson Costa enfrenta acusações que incluem corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, associação criminosa, transporte ilegal de eleitores e violação de sigilo funcional. Sua defesa classificou a prisão como “arbitrária e injusta”. A Polícia Militar afirmou que está acompanhando o caso e tomará as medidas cabíveis após a conclusão das investigações.

Com informações do DCM

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