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Jair Bolsonaro voltou a fazer uso das redes sociais para espalhar desinformação e incitar tensões políticas. O ex-presidente, investigado por tentativa de golpe de Estado, publicou um texto no X (antigo Twitter) acusando o governo Lula de querer silenciar opositores, incluindo o mercado financeiro.
Bolsonaro utilizou postagens que pediam responsabilização criminal de quem espalhou fake news contra Gabriel Galípolo, atual presidente do Banco Central, para distorcer o debate. Segundo ele, “esquerdistas que vivem às custas da sociedade” estariam pedindo ao STF um tratamento “autoritário” para investidores.
No texto, Bolsonaro acusa o governo de perseguir qualquer forma de discordância. "Se os investidores tentam se proteger, é complô. Se o povo questiona, é golpe. Se um parlamentar critica, é silenciado. Se alguém não abaixa a cabeça, ’tem que ser responsabilizado’", afirmou.
Ainda tentando manter influência sobre seus apoiadores, Bolsonaro concluiu seu texto com um tom alarmista: "O jogo é claro: tentam calar a oposição, a imprensa e agora o mercado. O próximo passo? Silenciar você. Ou reagimos dentro da lei, ou seremos todos tratados com a mesma covardia que dispensam a mim e aos meus aliados."
A publicação ocorre em meio à crise gerada pela alta do dólar e o agravamento da relação entre o mercado financeiro e o governo Lula, após a disseminação de desinformações que impactaram diretamente a economia. Analistas apontam que a estratégia de Bolsonaro é manter a radicalização entre seus apoiadores.
Veja:
– Esse é o novo normal na democracia relativa brasileira: um país onde quem poupa e investe, brasileiro ou estrangeiro, é tratado como inimigo político.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 18, 2024
– Nossa situação é tão absurda que esquerdistas que vivem às custas da sociedade hoje se sentem confortáveis para pedir, sem… pic.twitter.com/ZRbNMM71MH