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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou ter recebido propostas de exílio durante os momentos mais tensos da tentativa de golpe de Estado liderada por bolsonaristas entre 2022 e 2023. Em entrevista à GloboNews, Barroso mencionou contatos acadêmicos internacionais que ofereceram abrigo no exterior caso a ruptura democrática no Brasil se concretizasse.
"Recebi, em algum momento, duas ou três ofertas de exílio, se fosse necessário. Tenho ligações acadêmicas internacionais, e a preocupação dessas pessoas mostrava a gravidade do que enfrentávamos", afirmou o ministro. Segundo ele, as propostas ocorreram antes do 8 de janeiro de 2023, data marcada pela invasão de prédios públicos em Brasília por extremistas.
O contexto em questão inclui episódios como a "noite do terror", em 12 de dezembro de 2022, durante a diplomação do presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral, e a tentativa de ataque terrorista com bomba no aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro. Esses eventos deixaram claro o nível de ameaça à democracia brasileira.
Barroso destacou ainda que, apesar das dificuldades e dos riscos, jamais cogitou abandonar o Brasil. "Meu coração mora aqui. Mesmo diante de cenários adversos, não considerei essa hipótese. Caso o golpe tivesse passado, é possível que não estivéssemos mais aqui, mas resistimos", concluiu.
Assista:
Ministro Luís Roberto Barroso diz ter recebido ofertas de exílio em outros países em 2022 e fala sobre STF ter mantido Alexandre de Moraes como relator no inquérito do golpe. "Qualquer pessoa que herdasse esse inquérito ia entrar na linha de tiro (...) A nossa percepção geral… pic.twitter.com/9jgllO8DaX
— GloboNews (@GloboNews) December 19, 2024