195 visitas - Fonte: Plantão Brasil
A Argentina enfrenta uma crise na emissão de placas de veículos novos e de reposição desde 2023, após o governo de Javier Milei encerrar as atividades da Casa da Moeda, responsável pela fabricação das patentes. Com isso, a falta de manutenção nos equipamentos da instituição tornou inviável a produção de novas placas, levando o governo a buscar um fornecedor alternativo.
Como medida emergencial, a administração de Milei adotou placas provisórias em papel, válidas por até 180 dias. Para complementar, será emitido o Certificado de Documentação de Domínio, contendo os dados do proprietário e do veículo. O documento inclui códigos para validação por autoridades de trânsito na Argentina e países vizinhos, permitindo saídas temporárias com autenticidade.
Contudo, o modelo provisório enfrenta sérias restrições. No Brasil, por exemplo, as placas de papel não são aceitas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina afirmou que veículos com esse tipo de identificação serão retidos até que apresentem uma placa regular. “Não há regulamentação na legislação brasileira que permita o trânsito de veículos com placas provisórias", destacou a PRF em nota.
A situação revela a precariedade das políticas de corte de gastos promovidas por Milei. O fechamento da Casa da Moeda não apenas afetou a emissão de placas como expôs a falta de planejamento para garantir soluções efetivas. No Senado argentino, o Ministério da Justiça admitiu que os equipamentos necessários à produção estavam sem manutenção e ficaram obsoletos.
Com as restrições impostas pelo Brasil e outros países vizinhos, o problema gera transtornos para os argentinos que pretendem viajar ao exterior. Santa Catarina, um dos principais destinos turísticos da América do Sul, é especialmente impactado. A impossibilidade de transitar com as placas de papel cria barreiras para os visitantes e para o comércio local.
A crise evidencia como decisões apressadas e mal planejadas podem afetar diretamente a economia e a mobilidade de um país, além de prejudicar a imagem internacional da Argentina.
Com informações da Fórum
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